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Crônicas de Nervareth Parte 1

Posted by HaizengarD On 8/27/2009 08:09:00 AM 1 comentários

Capitulo I
Tudo era branco ao seu redor. Há muitos dias que ele apenas enxergava aquela paisagem silenciosa e fria, envolvido em um imenso manto alvo que parecia muitas vezes querer enterrá-lo definitivamente naquelas colinas geladas, ermas e distantes. Seus passos afundavam na neve, dificultando sua jornada solitária entre as montanhas que cercavam toda a região de Tundra Infame. A pequena cidade que o acolhera há alguns dias havia ficado para trás, distante, e agora ele realmente começava a sentir falta do calor aconchegante da pequena taberna, onde havia passado algumas noites antes de iniciar sua caminhada. Apesar de estar bem agasalhado, o vento gelado das montanhas era forte e ameaçador, e parecia até mesmo querer congelar seus pensamentos. Talvez fosse até um alívio se seus pensamentos fossem congelados por algum tempo, pois somente assim ele ficaria livre de tantos tormentos e pesadelos que o perturbavam há muitas noites, tantas noites que ele nem sabia realmente quantas. Em alguns momentos ele podia jurar que ainda podia ouvir o repicar do pequeno sino em frente a casa onde morava com sua família, aquele mesmo sino que sua mãe sempre tocava para chamar os filhos para as refeições sagradas. Também parecia estar sempre ouvindo a voz de seu pai, de rosto rosado e sorriso quase escondido por entre a barba, durante a janta, ao conversar com todos à mesa. Todas essas lembranças estavam agora perdidas em meio a outras, mais tenebrosas e pertubadoras, todas formando um redemoinho que algumas vezes o deixava com uma sensação de torpor e tontura.
Sentiu um leve aperto no peito e momentaneamente parou sua caminhada. Apoiou-se no tronco de um pinheiro, enquanto buscava novo fôlego para continuar andando. Começava a sentir seus dedos congelarem um pouco, e talvez aquela dor no peito fosse apenas reflexo de seu cansaço por estar caminhando por tantos dias. Mesmo diante de tantas adversidades, algo dentro de seu coração era muito forte e o impulsionava a seguir sempre adiante, e nunca desistir de seus objetivos. Precisava encontrar respostas para as fatalidades que aconteceram em sua vida. Não havia mais nenhum outro objetivo em sua vida a não ser encontrar as malditas respostas para as perguntas que insistiam em permanecer martelando dentro de sua cabeça, um som insistente e que se confundia muitas vezes com o som longínquo daquele pequeno sino que sua mãe tocava todos os dias. Ele precisava saber o que havia acontecido com seus pais, porque eles haviam desaparecido de maneira tão repentina e sem deixar qualquer vestígio. Ele não conseguia entender como o mundo era tão injusto e cruel com ele e com seu irmão, duas crianças abandonadas à própria sorte em uma cabana nas montanhas congeladas de Tundra Infame. Acabou sendo criado pelo seu padrinho, o Oficial Henkoff, a pessoa mais influente e importante do condado de Tundra Infame, a quem ele devia realmente toda a educação recebida. Henkoff soube direcioná-lo bem nos Estudos das Forças Arcanas, fazendo dele um dos guardiões mais temidos da região. Mesmo sendo acolhido ele e seu irmão mais novo por uma família importante da região, ele ainda sentia-se incompleto, com um vazio perturbador por dentro, e sedento por respostas a todas as suas mais profundas indagações. O desaparecimento de seus pais era algo que ele precisava desvendar, para que ele pudesse de uma vez por todas acalmar seu coração inquieto.
Os pensamentos de Mehldrik foram subitamente cortados por sons ameaçadores que se aproximavam dele de maneira sorrateira. Levantou-se rápido e virou-se a tempo de ver uma matilha de pantrocornes zumbis aproximar-se de forma soturna, cercando-o com olhares penetrantes e rosnando ferozmente, mostrando suas presas pontiagudas. Aqueles pantrocornes zumbis pareciam realmente famintos e prontos a destroçar sua pele numa suculenta refeição. Mal teve tempo de pensar, e assim que conseguiu tirar seu orbe de topázio de seu alforje de couro e invocá-lo num escudo astral, dois pantrocornes partiram ao seu encontro em pulos ágeis, mesmo sobre toda aquela neve que cobria as montanhas. Mehldrik não pensou duas vezes e soltou projéteis de ventos de seu escudo contra os animais, o que lhe deu certo tempo de puxar sua katana de titânio e desferir golpes agonizantes e certeiros nos dois. Outros dois pantrocornes decidiram atacar, pulando em cima de Mehldrik, que mesmo embaixo de suas garras, conseguiu empurrá-los para longe, desvencilhando-se de uma possível morte com um salto ágil para trás, recompondo-se a tempo de soltar um corte circular, atingindo de uma só vez aos dois pantrocornes que o atacaram. Havia mais cinco, e Mehldrik queria livrar-se daquelas ameaças o quanto antes, pois eles estavam realmente atrapalhando sua jornada. Concentrou-se rapidamente, e em seguida transferiu a força arcana amplificada de seu escudo para a katana, derrubando os pantrocornes ao seu redor. Então levantou sua katana e invocou as espadas do julgamento, chamando as espadas arcanas e desferindo golpes letais nos animais ferozes, caindo todos mortos ao seu redor.
Ainda um pouco ofegante, olhou em torno de si e viu todos aqueles pantrocornes mortos. Guardou sua katana e seu escudo astral, e pegou uma pequena adaga, com a qual arrancou um pouco da carne de um dos animais. Seria a sua refeição daquele dia frio e nebuloso. Depois de cortar uma boa fatia, enrolou o pedaço de carne em um pano e colocou em seu alforje. Olhou mais uma vez os animais mortos, ajeitou sua bolsa às costas, e continuou sua caminhada por entre as montanhas congeladas de Tundra Infame. Precisava logo chegar ao seu destino.

Criado Por:''Ulises Góes'' (Patofu - Cabal Brasil)
Postado: By MeGaBeTo

1 Response for the "Crônicas de Nervareth Parte 1"

  1. Agradeço pela divulgação da história das crônicas. Atualmente, a historia está no capitulo XX, e quem quiser acompanhar, acessem: http://cronicasdenevareth.blogspot.com/

    Abraços a todos =)

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